HONESTIDADE, CARÁTER E HONRA
“O MUNDO NÃO É DOS ESPERTOS.
É DAS PESSOAS HONESTAS E VERDADEIRAS.
A ESPERTEZA, UM DIA, É DESCOBERTA E VIRA VERGONHA.
A HONESTIDADE SE TRANSFORMA EM EXEMPLO PARA AS FUTURAS GERAÇÕES.
UMA CORROMPE A VIDA;
A OUTRA ENOBRECE A ALMA.”
autor: Chico Xavier
CHAT ON LINE SÓ VIA PC
PEDIDO
CAROS VISITANTES DESTE BLOG, POR GENTILEZA ME ENVIE EMAIL SOBRE OS ASSUNTOS DO BLOG SE ESTÁ ATENDENDO A VOCÊS, POIS QUERO ATENDER-LOS DA MELHOR MANEIRA, DESDE JÁ FICO AGRADECIDO O ADMINISTRADOR
quarta-feira, 26 de março de 2014
RADIO KENWOOD TM733 / TM V7A, "Comandos do tm733a / tmv7a"
Comandos do tm733a /tmv7a
Configurar o DTSS Aperte F
+DTSS aparecerá DT no painel, depois segura F por + 1 segundo e
aperte C.SEL aparecerá DT 000, no tmv7a e C000 no TM733A,
coloque qualquer valor de 000 a 999 e anote no papel
que você vai precisar mais tarde, retorne ao menu e aperte F+DTSS até
ele desaparecer do painel. “Sugestão” observe os comandos, pois, 000 ativa o
canal de memória então comece com 789, 897, 963 e assim por diante
No TMV7A vai
entrar no menu MNU selecionar o sub-menu 7 e lá
encontrará DTMF MEMORY vai na seta painel e no teclado e
digita (0) aparecerá SET logo após IMPUT
DTMF e digita AXXX# o nº que você escolheu no DTSS ,
esta função desliga o controle função repetidora vai no digito do
teclado (2) e digita (D) para que realmente o rádio seja
desligado da função, para ligar a função remota depois digita (3) do
teclado e digita CA# para ligar a função repetidora.
No TM733A vai ao painel segura F+CALL e
liga o radio aparecerá P_ _ _ digita AXXX# depois aperte PF e o
digito (0) e aperte o ptt para voltar faça o mesmo procedimento
com CA# e também o D e saia do menu
Comando de função
para controlar o lado do VHF
O ptt deverá estar do lado do UHF e o CTRL do outro lado apertando
o botão do centro do volume, já pré determinado o canal de memória,
ambos os lados, no TMV7A e no Tm733A deverá colocar o ptt no lado do UHF e a
luz verde do lado do VHF,
COMANDO A
DISTÂNCIA
Aperte o PTT e digita AXXX#D ou PF mais o digito 0, daí
em diante vão começar a dar os comandos acima citados, mais alguns que não
estão são EX: aperte o A e digita o canal de memória (estamos no
canal de memória 01 querendo ir para o canal de
memória 010 simplesmente digita ( A010) ou (A10) depende da quantidade
de canal que o radio tem pois no tmv7a você pode colocar até 280 canais e no
tm733a isto não é possível . observe que o PTT e o DT não
poderá está piscando, para retornar digita (tmv7a)PF + CA# e no
(tm733a) PF+A# para dificultar mais o possível acesso em seu controle
remoto coloque subtom ou seja vá no painel e
encontre T ou TONE e depois F por mais de 1
segundo e aperte T.SEL , pela experiência, quando você quiser
desligar a função e tem uma rodada no canal de memória
segure o PTT e aperte PF e pode até soltar
o PTT no painel continuará o P: o radio entrará em
recepção, quando você ver que a pessoa vai passar o câmbio para outra aguarde
desarmar o link e aperte o digito(0) logo em seguida. Tem vários comandos que
podemos fazer como digitar a freqüência Ex. 1_ _ _ _ _ ou seja 147.330
aperte o nº 8 vai sai de canal de memória e vai para VFO logo em
seguida aperte o A e digita a freqüência e nunca esqueça que você tem
que colocar no MNU a função automática de off set.
Fiz este histórico para
pessoas leigas e que não gosta de ler manual, mas recomendo ler e fazer os comandos com o radio perto e treinar bastante bem como escrever todo canal de
memória, mas recomendo ler e fazer os comandos com o radio perto e treinar
bastante bem como escrever todo canal de memória no papel isso vai lhe ajudar
no controle, pois se errar você pode armar o radio de novo e ir até o lado do
VHF em REVERSO do repetidor e conferir onde você está. (QUANDO SOUBER MAIS
COMANDO IREI POSTAR PARA MELHOR ESCLARECIMENTO) se alguém tem mais algum macete
de comando e se quiser compartilhar é só mandar que vamos publicar.
segunda-feira, 24 de março de 2014
CÁLCULO DE CABO COAXIAL
PARA QUEM ACHA QUE SABE TUDO E FICA PASSANDO BESTEIRA PARA AS PESSOAS, AI ESTÁ A RAZÃO DE SER UM VERDADEIRO RADIOAMADOR
Para
calcularmos o comprimento de um cabo coaxial que ligará o rádio com a antena
devemos saber o seguinte:
Fator de encurtamento do cabo.
Este fator corresponde a um número, sempre menor do que 1, e que varia de acordo com
Fator de encurtamento do cabo.
Este fator corresponde a um número, sempre menor do que 1, e que varia de acordo com
as
características do cabo.
Para o cabo RG58, este fator é igual a 0,66 (0,657).
Este fator será igual para todos os cabos coaxiais de 50 Ohms.
Para cabos coaxiais celulares, como o RGC58, este fator é de 0,8.
Todos os cabos coaxiais celulares de 50 Ohms terão este fator de encurtamento.
Freqüência que estamos transmitindo.
No caso de PX a freqüência é próxima a 27 MHz, o ideal seja que você use uma freqüência
Para o cabo RG58, este fator é igual a 0,66 (0,657).
Este fator será igual para todos os cabos coaxiais de 50 Ohms.
Para cabos coaxiais celulares, como o RGC58, este fator é de 0,8.
Todos os cabos coaxiais celulares de 50 Ohms terão este fator de encurtamento.
Freqüência que estamos transmitindo.
No caso de PX a freqüência é próxima a 27 MHz, o ideal seja que você use uma freqüência
que
corresponda ao meio da faixa de PX, VHF, UHF e etc.
Velocidade da luz 300 mil Km por segundo (300.000).
Com estes valores em mãos podemos calcular o comprimento do cabo da seguinte forma:
Pegamos a velocidade da luz e dividimos pela freqüência :
300.000/27.000 que é igual a 300/27.
Pegamos este valor e dividimos por quatro: (300/27)/4
Agora pegamos este valor e multiplicamos pelo fator de encurtamento:
[(300/27)/4] x 0.66 (se o cabo for RG58)
Temos agora o comprimento de um cabo, caso este tamanho seja curto basta multiplicarmos
Velocidade da luz 300 mil Km por segundo (300.000).
Com estes valores em mãos podemos calcular o comprimento do cabo da seguinte forma:
Pegamos a velocidade da luz e dividimos pela freqüência :
300.000/27.000 que é igual a 300/27.
Pegamos este valor e dividimos por quatro: (300/27)/4
Agora pegamos este valor e multiplicamos pelo fator de encurtamento:
[(300/27)/4] x 0.66 (se o cabo for RG58)
Temos agora o comprimento de um cabo, caso este tamanho seja curto basta multiplicarmos
este valor
por números ímpares
até
encontramos um valor que seja o suficiente para conectar o rádio com a antena.
{[(300/27)/4] x 0,66} x números ímpares
Este procedimento é utilizado por muitos operadores de rádio para melhorar o casamento de
{[(300/27)/4] x 0,66} x números ímpares
Este procedimento é utilizado por muitos operadores de rádio para melhorar o casamento de
impedâncias
e, conseqüentemente, reduzir as ondas estacionárias.
CUIDADO COM A MEDIDA
DO SEU CABO COAXIAL
Dentre os cuidados que se deve tomar com as antenas, a medida dos cabos coaxiais é uma das mais importantes. Os Cabos coaxiais de descida das antenas usadas pelos radioamadores em seus equipamentos, devem sempre estar cortados na freqüência certa, pois assim obteremos uma Relação de Onda Estacionaria (ROE) baixa nos equipamentos, evitamos possíveis interferências nos vizinhos (TVI) e garantiremos o máximo de performance para nossa estação!
Adota-se como norma geral o uso de múltiplos de 1/2 onda (não fracionados). O cálculo para se chegar ao múltiplo de 1/2 onda para uma freqüência qualquer é o seguinte:
EXEMPLO: MULTIPLO DE ½ ONDA É (igual) A VELOCIDADE DA LUZ (dividido) POR 2 VEZES A FREQUENCIA (vezes) O FATOR VELOCIDADE.
Fator de velocidade: é o percentual da velocidade de propagação da onda no cabo coaxial. Desta forma, um cabo coaxial comum tem fator de velocidade aproximadamente igual a 0,66 e o "cabo coaxial celular" fica em torno de 0,82. Exemplo de cálculo: Digamos que você vá instalar uma antena para a banda de VHF2 Metros
(144 a
148Mhz). Suponhamos que necessite de 20 metros de cabo RGC-213 do rádio à antena. O
cabo escolhido foi o RGC-213, por se tratar de um excelente cabo, de baixa
perda. O fator de velocidade de RF neste cabo é de 0,82. A freqüência que
utilizaremos é 146.000kHz
Múltiplo 1/2 onda = (300.000 / ( 2 x 146.000) ) x 0,82
Múltiplo 1/2 onda =0,84
metros = ( 20 metros / 0,84 ) = 23,8 múltiplos
Como não podemos ter múltiplos fracionados, arredondamos para 23 ou 24 múltiplos... Em nosso exemplo escolhemos 24 múltiplos. Nosso cabo deve ser cortado com 24 x0,84 m
= 20,16 metros
FONTE DE CONSULTA PU2SBL EDUARDODentre os cuidados que se deve tomar com as antenas, a medida dos cabos coaxiais é uma das mais importantes. Os Cabos coaxiais de descida das antenas usadas pelos radioamadores em seus equipamentos, devem sempre estar cortados na freqüência certa, pois assim obteremos uma Relação de Onda Estacionaria (ROE) baixa nos equipamentos, evitamos possíveis interferências nos vizinhos (TVI) e garantiremos o máximo de performance para nossa estação!
Adota-se como norma geral o uso de múltiplos de 1/2 onda (não fracionados). O cálculo para se chegar ao múltiplo de 1/2 onda para uma freqüência qualquer é o seguinte:
EXEMPLO: MULTIPLO DE ½ ONDA É (igual) A VELOCIDADE DA LUZ (dividido) POR 2 VEZES A FREQUENCIA (vezes) O FATOR VELOCIDADE.
Fator de velocidade: é o percentual da velocidade de propagação da onda no cabo coaxial. Desta forma, um cabo coaxial comum tem fator de velocidade aproximadamente igual a 0,66 e o "cabo coaxial celular" fica em torno de 0,82. Exemplo de cálculo: Digamos que você vá instalar uma antena para a banda de VHF
Múltiplo 1/2 onda = (300.000 / ( 2 x 146.000) ) x 0,82
Múltiplo 1/2 onda =
Como não podemos ter múltiplos fracionados, arredondamos para 23 ou 24 múltiplos... Em nosso exemplo escolhemos 24 múltiplos. Nosso cabo deve ser cortado com 24 x
domingo, 23 de março de 2014
ANTENA LOOP DE QUADRO
A antena demonstrada aqui foi fornecida pelo pesquisador Denis
Zoqbi, que desenvolve e fabrica diversos tipos de antena Loop. Inclusive o nome
Loop DZ-60 deve-se as iniciais de seu nome e o número, o tamanho em centímetros
da diagonal do quadro.
As pequenas antenas de loop são definidas como loops que apresentam o total do tamanho do fio menor do que 0.15 do comprimento de onda ( 0.15 λ ). Estas antenas loops pequenas são usada na procura de direção de transmissores de radio e na recepção regular de estacoes fracas em ondas medias, na presença de estações interferentes fortes.
O desempenho das pequenas loops é menor do que outras antenas ( ex: dipolo de meia onda ), mas seus nulos extremamente agudos e a grande largura de banda a tornam a escolha da antena para as faixas congestionadas. Neste caso, se está cambiando o ganho por uma melhor relação sinal-QRM. As pequenas loops são mais utilizadas em baixas freqüências. Mesmo existindo projetos para as faixas altas das ondas curtas, e até para as faixas de VHF, o principal uso é verificado desde VLF até a metade do espectro de HF ( basicamente 10 kHz até 8000 kHz ).
As antenas loops podem ter a a forma circular, quadrada, retangular ou octogonal. Neste estudo iremos analisar a forma quadrada porque são relativamente fáceis de serem construídas comparadas as outras formas geométricas. A loop quadrada também apresenta desempenho muito próximo das loops circulares de tamanho similar.
A figura abaixo mostra a antena básica loop de quadro, com os lados de tamanha "A". A profundidade "B" é o tamanho do enrolamento, tanto coplanar como paralelo em relação ao enrolamento. No caso analisado será usado o enrolamento paralelo simples.
As
antenas loop atenuam sinais indesejados através de dois mecanismos : anular o
padrão e discriminação de sintonia. Se existem sinais locais fortes mesmo que
em freqüências muito próximas do sinal desejado, então a discriminação da
seletividade do circuito sintonizado auxilia a atenuação daquele sinal. A loop
aprimora a habilidade do receptor com relação a sobre carga, falta de
sensibilidade, e distorção por inter modulação ( com os níveis de potencia
observados atualmente nos transmissores de radio difusão em Ondas Médias, isto
pode ser um significativo ganho em desempenho ).
Algumas antenas são desenhadas como transformadores, e apresentam um loop de acoplamento de baixa impedância ao longo da antena loop. Para loops em ondas medias, o enrolamento de acoplamento pode ser de apenas um volta, ao lado da bobina da antena loop, montada naturalmente no mesmo quadro. Porém, a Loop DZ é projetada para acoplamento indutivo diretamente à antena interna de ferrite dos receptores portáteis, por isso, não utilizamos esta técnica de acoplamento direto a entrada do receptor. Nos modelos portáteis da Sony por exemplo, ao se conectar uma antena externa para OM no conector apropriado, o circuito de pré amplificação de RF é desligado para evitar sobre carga nos circuitos. Desta forma, seria necessário desenvolver um circuito amplificador de RF externo para efetuar o acoplamento da antena loop caso fosse utilizada a técnica de transformador ( com um enrolamento de acoplamento ).
O padrão idealizado na figura 4 pode ser distorcido por interações locais com a Terra, construções, e outros objetos condutivos ou dielétricos próximos a antena.
Figura 5 - Equação de Groover para cálculo da indutância de antenas loop de diversos formatos
A indutância da antena loop pode ser calculada através da equação
acima, Figura 5. Esta equação é conhecida como Equação de Groover. Uma vez
determinada a indutância, a capacitância necessária para ressonar a antena pode
ser calculada pela equação da Figura 7.
Onde :
LµH é a indutância da loop em microhenry
A é o tamanho do lado da loop em centímetros
B é a profundidade da loop em centímetros
N é o numero de voltas
K1, K2, K3 e K4 são fatores descritos na Tabela da Figura 6
Ln é a função log natural ( Nepper )
Para a capacitância ressonante, onde :
CpF é a capacitância ressonante em picofarads (pF)
F é a freqüência ressonante em Hertz (Hz)
LµH é a indutância da loop em microhenry
Naturalmente, como iremos trabalhar com uma antena dentro de uma faixa de freqüências desejada, no caso de Ondas Médias de 500 kHz a 1700 kHz, iremos utilizar capacitor variável disponíveis comercialmente, que trabalham continuamente na faixa de 5 pF a 365 pF. Logo, faremos os cálculos de capacitância ressonante para a freqüência inferior de 500 kHz e para a freqüência superior de 1720 kHz.
Figura 7 - Cálculo do capacitor usado para ressonância
Desenvolvendo detalhadamente a formula para Loop DZ-60 na Figura
8, determinamos para os parâmetros físicos de construção da antena a indutância
da loop, que é naturalmente um valor fixo, independente da freqüência de
operação.
Figura 8 - Cálculo detalhado da indutância da bobina da antena
loop de quadro
A partir da indutância calculada, iremos calcular a capacitância necessária para tornar a antena loop ressonante na freqüência inferior das Ondas Médias, o que determinamos através do cálculo mostrado na Figura 9 ser Ci = 369 pF, o que é um valor de capacitor variável disponível no mercado de eletrônica.
Figura 9 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 500 kHz
Desenvolvendo o cálculo da capacitância para a freqüência superior
das Ondas Médias, 1720 kHz, determinamos o valor de 31 pF da capacitância
necessária.
Figura 10 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 1720 kHz
Assim, no detalhe da Figura 11 abaixo, é utilizado um capacitor
variável comercialmente disponível que apresenta capacitância que varia
aproximadamente entre 30 a 365 pF, o que corresponde a largura de banda
desejada para operação em Ondas Médias.
Figura 11 - Equação da tensão nos terminais da antena loop
Antena Loop de Quadro 80 cm utilizando fio Litz
As pequenas antenas de loop são definidas como loops que apresentam o total do tamanho do fio menor do que 0.15 do comprimento de onda ( 0.15 λ ). Estas antenas loops pequenas são usada na procura de direção de transmissores de radio e na recepção regular de estacoes fracas em ondas medias, na presença de estações interferentes fortes.
O desempenho das pequenas loops é menor do que outras antenas ( ex: dipolo de meia onda ), mas seus nulos extremamente agudos e a grande largura de banda a tornam a escolha da antena para as faixas congestionadas. Neste caso, se está cambiando o ganho por uma melhor relação sinal-QRM. As pequenas loops são mais utilizadas em baixas freqüências. Mesmo existindo projetos para as faixas altas das ondas curtas, e até para as faixas de VHF, o principal uso é verificado desde VLF até a metade do espectro de HF ( basicamente 10 kHz até 8000 kHz ).
As antenas loops podem ter a a forma circular, quadrada, retangular ou octogonal. Neste estudo iremos analisar a forma quadrada porque são relativamente fáceis de serem construídas comparadas as outras formas geométricas. A loop quadrada também apresenta desempenho muito próximo das loops circulares de tamanho similar.
A figura abaixo mostra a antena básica loop de quadro, com os lados de tamanha "A". A profundidade "B" é o tamanho do enrolamento, tanto coplanar como paralelo em relação ao enrolamento. No caso analisado será usado o enrolamento paralelo simples.
O ganho da antena loop é menor do que
uma dipolo para a mesma freqüência, e deve-se esperar normalmente baixos níveis
de tensão nos terminais de saída para qualquer força de campo elétrico. A
tensão de saída poderá ser aumentada significativamente se a antena loop for
sintonizada à ressonância através de um capacitor em paralelo à bobina que
compõe a antena loop. No diagrama anterior, observamos o capacitor
variável C1 utilizado para sintonizar a antena dentro da faixa de operação
desejada.
Mesmo considerando que antenas loop não
sintonizadas sejam utilizadas na prática, o acréscimo na tensão de saída é
aproximadamente igual ao fator "Q" do circuito sintonizado. Valores
de 50 a 100 são normalmente o "pior caso" prático para o
"Q" de antenas loop, e os valores de "Q" que se
aproximam a 1.000 não são impossíveis de serem obtidos.
Especialmente quando for utilizado fio Litz para a confecção da bobina da antena, ao invés do
fio esmaltado simples que é normalmente utilizado nestes projetos, devido ao
custo e praticidade de montagem.
Os parâmetros reais utilizados no
projeto da Loop DZ-60 são os seguintes :
Parâmetros DZ-60
|
Valor
|
A
|
42 cm
|
B
|
7 cm
|
N
|
18
|
K1, K2, K3 e K4
|
figura 6, square
|
Observe abaixo no detalhe de construção
da loop de quadro DZ-60, o número de voltas e o espaçamento lateral total que
representa o parâmetro "B" de profundidade. Também observe que é
utilizado fio de cobre esmaltado utilizado em transformadores e motores, enrolado
em uma cruzeta de madeira muito simples de ser construída. Compõe a antena de
quadro um suporte vertical também de madeira, apoiado em uma base sólida e
pesada, para dar estabilidade na antena. A antena em si, junto com seu suporte,
é posicionada em cima de um prato giratório para que se possa girá-la até 360°
de forma a obter todos os ângulos possíveis na caça de emissoras ou eliminar
emissoras interferentes.
Algumas antenas são desenhadas como transformadores, e apresentam um loop de acoplamento de baixa impedância ao longo da antena loop. Para loops em ondas medias, o enrolamento de acoplamento pode ser de apenas um volta, ao lado da bobina da antena loop, montada naturalmente no mesmo quadro. Porém, a Loop DZ é projetada para acoplamento indutivo diretamente à antena interna de ferrite dos receptores portáteis, por isso, não utilizamos esta técnica de acoplamento direto a entrada do receptor. Nos modelos portáteis da Sony por exemplo, ao se conectar uma antena externa para OM no conector apropriado, o circuito de pré amplificação de RF é desligado para evitar sobre carga nos circuitos. Desta forma, seria necessário desenvolver um circuito amplificador de RF externo para efetuar o acoplamento da antena loop caso fosse utilizada a técnica de transformador ( com um enrolamento de acoplamento ).
Figura 4 - Diagrama da recepção
e direção de máxima e mínima intensidade
O padrão de radiação azimutal ou recepção para a antena loop
pequena ideal é mostrado acima. É um padrão formado pela "figura 8"
com o máximo no fim da loop, e o ponto mínimo ( nulo ) perpendicular a antena
loop. Este padrão é exatamente o oposto da maioria das antenas loop grandes
onde o máximo é perpendicular ao plano da loop e o mínimo se posiciona no
extremo. O nulos obtidos na pratica com a antena loop gira em torno de 20 dB
relativo ao mínimo para projetos medianos e até 40 dB para projetos bem feitos.
A diretividade é função da aresta da antena, parâmetro "A" e a
profundidade "B". Observe que a antena loop deve apresentar no seu
projeto o tamanho de "A" pelo menos maior que 5 vezes o tamanho de
"B".O padrão idealizado na figura 4 pode ser distorcido por interações locais com a Terra, construções, e outros objetos condutivos ou dielétricos próximos a antena.
Figura 5 - Equação de Groover para cálculo da indutância de antenas loop de diversos formatos
Onde :
LµH é a indutância da loop em microhenry
A é o tamanho do lado da loop em centímetros
B é a profundidade da loop em centímetros
N é o numero de voltas
K1, K2, K3 e K4 são fatores descritos na Tabela da Figura 6
Ln é a função log natural ( Nepper )
Quadrado - Square / Hexagonal / Octogonal / Triangle - Triangulo
CpF é a capacitância ressonante em picofarads (pF)
F é a freqüência ressonante em Hertz (Hz)
LµH é a indutância da loop em microhenry
Naturalmente, como iremos trabalhar com uma antena dentro de uma faixa de freqüências desejada, no caso de Ondas Médias de 500 kHz a 1700 kHz, iremos utilizar capacitor variável disponíveis comercialmente, que trabalham continuamente na faixa de 5 pF a 365 pF. Logo, faremos os cálculos de capacitância ressonante para a freqüência inferior de 500 kHz e para a freqüência superior de 1720 kHz.
Figura 7 - Cálculo do capacitor usado para ressonância
A partir da indutância calculada, iremos calcular a capacitância necessária para tornar a antena loop ressonante na freqüência inferior das Ondas Médias, o que determinamos através do cálculo mostrado na Figura 9 ser Ci = 369 pF, o que é um valor de capacitor variável disponível no mercado de eletrônica.
Figura 9 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 500 kHz
Figura 10 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 1720 kHz
Figura
11 - Detalhe do capacitor variável fabricado no Japão pela Alps - 35 - 365 pF de
capacitância
Considerações Finais
Um detalhe de projeto muito importante
nas antenas loops são as relações entre o numero de voltas "N" da
bobina da antena , o tamanho da aresta "A"do quadrado da antena e sua
profundidade "B".
Se aumentamos o número de voltas do
enrolamento da antena, aumentamos o valor da indutância, o que irá alterar o
valor da capacitância ressonante proporcionalmente, considerando que a equação
da freqüência ressonante é o inverso da raiz quadrada da multiplicação do
capacitor e do indutor. Logo, para determinada freqüência, se aumentamos a
indutância temos que diminuir a capacitância.
Sendo um dos objetivos principais da
antena loop o ganho a ser obtido, especificamente, ampliar campo elétrico
recebido da estação desejada, precisamos analisar a equação da tensão gerada na
antena loop.
Segundo a equação da Figura 11
determinante no cálculo da tensão final obtida nos terminais da antena loop, no
nosso caso, obtida nos terminais do capacitor variável, verificamos que o valor
da tensão é função de :
Ef é o campo elétrico do sinal recebido
Q é o fator "Q" da antena de loop sintonizada
cos(∂) é o co-seno do angulo incidente ∂ do campo elétrico em relação ao máximo da loop
λ é o comprimento de onda do sinal desejado
A é a área do quadrado da antena loop
N é o numero de voltas da bobina da antena loop
Q é o fator "Q" da antena de loop sintonizada
cos(∂) é o co-seno do angulo incidente ∂ do campo elétrico em relação ao máximo da loop
λ é o comprimento de onda do sinal desejado
A é a área do quadrado da antena loop
N é o numero de voltas da bobina da antena loop
Observamos que para aumentar a tensão
gerada na antena loop, só podemos variar os paramentos de construção física
"A" e "N". Porém já observamos que ao aumentar o numero de
voltas "N", iremos alterar profundamente o valor do capacitor
variável necessário, o que pode trazer problemas para aquisição deste
componente.
Porém, se analisarmos com atenção esta
equação, iremos observar que um pequeno aumento na ÁREA da antena loop, que é
função direta do QUADRADO da aresta da antena loop, irá aumentar muito mais o valor
do parâmetro "A" do que o aumento do número de voltas "N"
da bobina.
Logo, podemos determinar com base nas
equações analisadas, que a otimização do ganho varia mais em função da ÁREA da
antena loop do que do número de voltas "N" da bobina da antena loop.
Figura 11 - Equação da tensão nos terminais da antena loop
Conclusão, a antena loop de quadro
DZ-60 apresenta a faixa de operação de 500 kHz a 1720 kHz e é acoplada através
da proximidade com a antena de ferrite do receptor portátil e pode ter seu
desempenho melhorado se for utilizado fio Litz ou aumentado o valor da aresta
do quadro, de forma a aumentar a área total da antena.
Frequência de Operação da loop DZ-60: 500 KHZ a 1720 KHZ
Nova Antena Loop de quadro confeccionada com fio litz
Podemos aumentar o fator de qualidade
"Q" da antena, se utilizarmos fio Litz na construção da antena loop.
Este fio é composto por um grande
número de fios de pequeno calibre AWG, o que caracteriza menor perda elétrica
das altas freqüências devido ao efeito pelicular da corrente em freqüências
altas.
No fio de cobre convencional
normalmente utilizado nas antenas loop, a corrente de baixa freqüência, por
exemplo, 60 Hz da rede elétrica pública, circula próximo ao centro do fio.
Porém, conforme se eleva a freqüência até a faixa de HF, ocorre um fenômeno que
é chamado efeito pelicular, onde a corrente passa a circular muito próximo à
periferia do fio, deixando o seu centro sem nenhuma passagem de corrente.
O fio Litz por ser composto de até 50
fios de 38 AWG de diâmetro, otimiza a circulação da corrente, aumentando o
campo elétrico e conseqüentemente aumentando a tensão de saída da antena loop.
Para obter mais informações sobre o fio Litz, detalhes de construção e de
aplicação, acesse a página Litz-wire ou
o sítio do fabricante canadense MWS.
Antena Loop de Quadro 80 cm utilizando fio Litz
Para conhecer mais detalhes de
construção desta antena, acesse o artigo : Loop Experiments – Antennas for the MW band DXer
Fontes
Montagem antena DZ - Denis Zoqbi The ARRL Antena Book Joe's Carr Loop Antena Handbook
SUBTOM EM VHF E UHF
PARA QUEM NÃO ENTENDE NADA
Imagine a situação. Você fica sabendo que uma nova repetidora
entrou no ar, sintoniza sua freqüência e ouve todos chegando final de
escala. Maravilha! Mais uma! Daí você vai tentar acioná-la e nada, ela parece
surda ao seu sinal. Ninguém escuta. O que está acontecendo? Por que todos
estão acionando e eu não? É simples, o segredo é o subtom ou CTCSS
(Continuous Tone Coded Squelch System), que em português seria Sistema de
Squelch Codificado por Tom Contínuo.
Como Surgiu o Subtom (CTCSS)
Nos anos 60, a Motorola, fabricante de rádios
comerciais de VHF, apareceu com uma solução para colocar mais estações de rádio
numa mesma freqüência, e com isso vender mais rádios num espectro já
congestionado. Ela descobriu que poderia ter mais que uma empresa compartilhando
o mesmo canal se eles não ouvissem uns aos outros. Eles patentearam a invenção
com o nome Private Line, que para encurtar chamavam de PL. Outras
empresas vieram depois com a mesma solução, mas com outros nomes para evitarem
processos judiciais, já que não seriam competitivas se não tivessem um sistema
semelhante. Então surgiu Channel Guard, Quiet Channel, Call Guard e outros.
Por sua vez, os fabricantes de equipamentos para
radioamadores aderiram ao sistema com o nome de Tone . Nos últimos 10 anos
praticamente todos os rádios saíram de fábrica com pelo menos a capacidade
de gerar (encoder) o Tone, e como opcional, decodificar (decoder). E alguns
modelos mais caros, como o Kenwood TM-V7A, com os dois recursos já instalados
de fábrica. Já os modelos mais antigos, que não dispunham desse recurso (FT227,
TR7850, etc), poderiam tê-lo madiante a instalação de uma unidade
encoder/decoder de CTCSS opcional ou até mesmo genérica.
Como Funciona
O sistema é baseado em um tom contínuo de baixa
freqüência, que é injetado direto no modulador de áudio do
transmissor. O circuito que gera esse tom (Tone, Subtom, PL ou
qualquer outro nome) é conhecido como encoder. Por outro lado, o receptor
precisará de um circuito decoder de CTCSS instalado antes dos circuitos de
amplificação de áudio (discriminador) para detectar a presença desse sinal. Uma
vez detectado a presença do subtom da frequência correta, um circuito de
chaveamento irá desempenhar alguma função, podendo ser a liberação do mute
do rádio ou sinalizar um estado lógico de saída.
Em equipamentos comerciais, como os da Motorola GM300
ou M120, o subtom é realmente inaudível, pois existem filtros
que permitem apenas que freqüências de voz (300Hz a 3000Hz)
sejam amplificadas pelo estágio de áudio. Já a maioria dos equipamentos fabricados
para radioamadores não tem esses filtros, resultando na passagem de
freqüências bem mais baixas, e com isso o subtom acaba sendo ouvido.
As vezes o som do subtom é confundido como o som de fontes mal filtradas,
mas na realidade é o subtom que não está sendo filtrado como deveria. As
vezes seu nível está muito alto, o que também acaba ajudando a ser percebido na
recepção.
A faixa de freqüência utilizada vai de 67.0 Hz até 254.1Hz.
Sendo que quanto mais baixa a freqüência utilizada, menor a chance de
ouvi-lo. Por isso quase todas as repetidoras utilizam a parte baixa dos subtons
disponíveis. Veja na tabela as freqüências atribuidas ao CTCSS
O subtom nos permite escolher quais sinais serão ouvidos
em nosso receptor. Quando ativamos o Tone Squelch de um rádio, ele
ficará em silêncio. Somente sinais com o subtom correto conseguirão passar pelo
circuito de amplificação e chegar ao alto-falante, todos os outros sinais serão
ignorados. Eles ainda estão lá, mas não serão ouvidos. Quanto ativamos o Tone
Squelch, o rádio passará a se comportar como se fosse uma repetidora subtonada.
Mas por que iríamos querer limitar os sinais que chegam ao nosso receptor?
Temos 4 boas razões para isso:
Limitar o Acesso
No passado, os mantenedores das repetidoras usavam o subtom para
restringir o acesso apenas aos integrantes do grupo. Como os rádios
não tinham o encoder de fábrica, eles eram instalados nos rádios e apenas
quem os tivessem poderiam acionar a repetidora. Pela dificuldade de se
comprar um encoder na época, só os sócios do grupo usavam a repetidora, que na
maioria das vezes também era equipada com um autopatch para ligações
telefônicas. Isso bem antes do advento do celular é claro. Hoje em dia quase
ninguém mais usa o subtom por esse motivo, pois os rádios atuais não só já
têm o encoder, mas em muitos casos são equipados com um decoder, que pode
fazer a varredura e mostrar o subtom no display do rádio. Para isso basta
monitorar o sinal na entrada da repetidora, já que nem todas as repetidoras
retransmitem o subtom.
No entanto, o subtom ainda é uma boa maneira de limitar o acesso
a outros dispositivos, como autopatches, estações remotas, ou rádios operando
como repetidora cross band (função que quase todo rádio dual band têm hoje).
Dessa forma apenas as pessoas autorizadas usarão o sistema. O subtom quando
usado em conjunto com uma senha DTMF é bem mais efetivo na tarefa de limitar o
acesso. Na realidade algumas repetidoras “fechadas” exigem, além do subtom
correto, o envio da senha correta em DTMF para ativá-las.
Compartilhamento de Freqüência
No caso de um radioamador estar numa área onde duas
repetidoras de mesma freqüência se sobrepõem, o subtom poderá ser de grande
ajuda. Toda vez que esse radioamador transmitir, acionará as duas.
Ele estará falando em uma delas, mas vai atrapalhar a vida de quem
está escutando a outra freqüência, que o ouvirá apenas uma parte do QSO.
Com as duas repetidoras usando subtons distintos, apenas a escolhida
será acionada. O subtom também pode ser muito útil para grupos que operam
simplex, pois é muito comum outros grupos nas proximidades, compartilhando a
mesma freqüência, receber sinais indesejados. Se cada grupo usar um subtom
distinto, e todos os integrantes ativarem o Tone Squelch, não terão mais problemas.
Interferências em Repetidoras
Talvez o uso mais nobre para o subtom seja nos casos de
interferências nas repetidoras. Essas, normalmente, disputam um cantinho em
cima de morros altos, quase sempre cheio de antenas de transmissão de
rádios broadcasting, TV, celular e mesmo outras repetidoras de serviços
privados. O resultado disso é um espectro totalmente saturado, onde batimentos
e interferências quase sempre ficam andando pelo espectro e regularmente passam
pela entrada da repetidora, que se não for subtonada, vai disparar
constantemente, podendo tornar a vida radioamador que
mantém escuta nessa freqüência um verdadeiro inferno.
Chamada Seletiva
As vezes você quer ser um pouco seletivo sobre os sinais que
recebe, você quer estar disponível para os amigos mas não quer ficar ouvindo o
chato que fica bipando a repetidora a cada 2s, ou não quer ter sua atenção
desviada com o bate papo que está acontecendo na repetidora. O subtom é a
solução para esse caso. Usando um rádio que tenha o recurso de Tone Squelch, basta
combinar com os amigos o subtom que você programou e pronto, só ouvirá as
chamadas que forem para você. Isso é muito útil, pois nem sempre você quer
ser interrompido em suas atividades, mas quer ser encontrado pelos amigos. Essa
técnica normalmente funciona melhor em operações simplex, pois nem todas as
repetidoras retransmitem o subtom que está entrando. Faça um teste antes para
saber se a repetidora de sua cidade deixa o subtom passar.
Tenha em mente que Tone Squelch ativado só fará o seu receptor
bloquear a recepção de sinais sem o subtom correto, mas eles continuam passando
pela repetidora, você só não os ouve. Um erro comum é achar que porque está
usando subtom outras pessoas não ouvirão o que fala. Todos ouvirão, pois subtom
não é scrambler (embaralhador), é apenas um tom inaldível adicionado a sua
transmissão que permite ser decodificado do outro lado para acionar uma
repetidora ou abrir o som de um rádio com Tone Squelch ativado.
Conclusão
Usar ou não o subtom? Você é quem vai decidir. Existem pessoas
que são totalmente contra o uso do subtom, pois alegam que repetidoras fechadas
são ilegais. Eu particularmente acho que esse argumento já foi por
água abaixo, uma vez que todo rádio, hoje em dia, vem com o encoder, e talvez
até com o rastreador de subtom. Quem será impedido de usar uma repetidora
por ela estar subtonada?
Se você vive numa área onde duas repetidoras compartilham a
mesma freqüência, se você mantém uma repetidora que está num local cheio de
interferências, se você não quer ter sua atenção desviada a todo momento
com os bips da repetidora que você mantém escuta, se você quer ser
encontrado pelos seus amigos e ainda assim ter o sossego de poder trabalhar em
silêncio, o subtom é a solução que procurava.
FONTE DE INFORMAÇÃO
:CRAM
sábado, 22 de março de 2014
ASSEMBLÉIA DE MINAS
Comunicação pública ainda é desafio no Brasil
Diversidade e participação dos cidadãos são metas em emissoras de TV públicas do País.
O último painel do Ciclo de Debates Comunicação, Regulação e Democracia foi sobre o tema “Comunicação pública: Atualidades e perspectivas” - Foto: Guilherme Dardanhan
A pluralidade, a participação cidadã e os interesses da sociedade são alguns dos fatores que caracterizam a estrutura das mídias públicas, mas que, no Brasil, podem ser vistos mais como uma meta do que como uma realidade. Essas foram algumas das conclusões feitas pelos palestrantes na tarde desta sexta-feira (11/4/14), segundo e último dia do Ciclo de Debates Comunicação, Regulação e Democracia, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O último painel do evento foi sobre o tema “Comunicação pública: Atualidades e perspectivas”.
De acordo com a coordenadora do Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social, Bia Barbosa, a comunicação pública fundamenta-se em três elementos estruturantes: a autonomia, a programação e a participação social. Segundo ela, para serem públicas, as emissoras não podem ser dependentes do mercado ou de publicidade para se sustentarem. “Hoje as emissoras do campo público são financiadas pelo orçamento de governos estaduais, mas vários países já adotam mecanismos de financiamento independente”, explicou a jornalista.
No que se refere à programação, ela disse que a Constituição brasileira determina que o serviço de radiodifusão tenha finalidades educativa, cultural, informativa e artística. Segundo Bia Barbosa, embora essa seja uma finalidade da comunicação como um todo, no caso das emissoras públicas é fundamental que isso seja respeitado, bem como a promoção da cultura regional, a inovação em termos de gêneros e formatos audiovisuais e a formação de um telespectador crítico, por meio da programação oferecida. Por fim, a palestrante falou sobre a importância da participação social e a implementação de mecanismos que possibilitem isso, entre eles os conselhos de comunicação.
Preocupação - Bia Barbosa também mostrou preocupação quanto à digitalização da TV brasileira, pois, segundo ela, o processo poderia colocar em risco a comunicação pública. Na sua avaliação, o risco estaria na decisão de leiloar a faixa de 700 mega-hertz - atribuída aos canais públicos - para empresas privadas de telecomunicação ligadas à implantação do serviço de internet 4G. “Queremos ampliar o acesso à internet no País, mas isso não pode ser feito em detrimento dos canais de TV pública", defendeu.
Conselhos seriam meio para acompanhamento de políticas de comunicação
Uma porta para a participação cidadã nos debates acerca da comunicação. Este seria o papel dos conselhos de comunicação social na avaliação do fundador do Núcleo de Estudos sobre Mídia Política da UnB, Venício de Lima. Na sua avaliação, a pouca atenção que se dá ao tema pode ser considerada um “erro estratégico” na luta pela democratização da comunicação no Brasil. “Os conselhos regionais e municipais abririam a possibilidade de interferência, formulação e acompanhamento das políticas públicas, e também poderiam institucionalizar um espaço de discussão sobre as questões comunicacionais”, argumentou.
Segundo ele, são previstos no texto da Constituição da República 15 tipos de conselhos para áreas como saúde, educação e assistência social. Embora também esteja previsto na Constituição, o Conselho de Comunicação Social, de acordo com o jornalista, funciona precariamente, como um órgão auxiliar do Congresso Nacional. No âmbito dos Estados, apenas dez deles criaram seus conselhos estaduais, mas nem todos funcionam efetivamente, de acordo com Lima. “Não estou idealizando os conselhos como uma forma acabada de participação popular e interferência nas políticas públicas”, explicou. No entanto, o jornalista defendeu um maior debate sobre o assunto.
Para palestrante, TV pública não é valorizada
Segundo Gabriel Priolli (à esq.), a TV pública não é valorizada no Brasil e, por isso, sua audiência é baixa - Foto: Guilherme Dardanhan
Segundo o jornalista Gabriel Priolli, uma pesquisa feita pela BBC de Londres mostrou que a TV Cultura de São Paulo foi considerada pelo povo brasileiro a emissora de mais qualidade no País. No entanto, na avaliação do palestrante, embora a percepção sobre a TV pública seja muito boa, não há valorização desse meio e, em função disso, a sua audiência é baixa.
Priolli lembrou que no Brasil, diferentemente da Europa, a TV nasceu privada. Nesse sentido, ele explicou que a TV pública não pode competir com a comercial e com sua grade de programação quase essencialmente de entretenimento, pois o brasileiro foi culturalmente educado a assistir a uma televisão com esses parâmetros. “Para ocupar a grade da TV pública com entretenimento, é necessário abrir mão de programas mais informativos, como é o caso dos debates públicos”, afirmou.
Na avaliação do jornalista, a TV pública no Brasil tem o papel de equilibrar o sistema privado nas suas disfunções e lacunas, o que só é possível quando se tem recursos e qualidade. Na sua opinião, somente após essa melhora haverá a necessária “afetividade” e o apoio da população para que os canais públicos se fortaleçam.
Priolli ainda disse que uma TV pública sem financiamento do mercado nem do governo ainda não é uma realidade no Brasil, e sim uma meta. “Emissoras que se apresentam como públicas expressam mais um desejo de vir a ser, porque há influência dos governos”, ressaltou.
Carência de recursos afeta TVs públicas
Nessa mesma linha, o diretor-executivo da Agência Picnic Digital, Israel do Vale, fez um apelo pela TV pública apartidária e “descolada” do conceito de estado ou governos, o que, segundo ele, não condiz com a realidade do segmento televisivo no País. Para ele, a comunicação pública está diretamente ligada ao interesse do público, embora na sua avaliação, desde o surgimento da TV pública, toda a tentativa de implementação de um modelo diferenciado de TV tenha sido sabotado.
O palestrante ainda avaliou a TV pública no Brasil como carente no ponto de vista estrutural. Ele destacou que não adianta o governo conceder outorgas para TVs públicas uma vez que elas não possuem recursos para se manterem. Ele deu como exemplo o caso da Rede Minas, que, segundo ele, conta com um orçamento anual de R$ 17 milhões. “A emissora não tem dinheiro. Como fazer TV pública desse jeito?”, questionou.
O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) criticou o atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pela atuação em relação à TV pública no Brasil. “Apesar de ser do meu partido, lamento muito por não termos conseguido colocar no Ministério das Comunicações alguém que dê o devido respeito à TV pública no Brasil”, disse.
FONTE DE CONSULTA CLICA NO LINK Assembleia de Minas
FONTE DE CONSULTA CLICA NO LINK Assembleia de Minas
sexta-feira, 21 de março de 2014
COMUNICADO DA ANATEL M.G.
PY4PSA - CLUBE DE RADIOAMADORES DE MINAS GERAIS
Fundado em 08.Nov. de 1997 – CNPJ: 02.351.196/0001-94 -
Utilidade Pública: Municipal: Lei Nº 2.409, de 13.04.1998 Estadual: Lei nº 13.706, de 14.09.2000
Av. Dr. Sylvio Menicucci, nº 1.525
37.200-000 - LAVRAS – MINAS GERAIS
COMUNICADO
O CRAMIG – Clube de Radioamadores de Minas Gerais - comunica aos interessados que as Provas para ingresso e promoção ao Serviço Público Federal de Radioamadorismo, que seriam ministradas em Lavras no dia 29 de março de 2014 foram canceladas pela ANATEL.
Foram despendidos esforços junto à ANATEL para tentar manter a data já agendada, inclusive com a transferência de local para Belo Horizonte, porém nada foi conseguido.
Segundo Sr. Renato, gerente regional daquele órgão em Belo Horizonte, a ANATEL está passando por uma completa reformulação nos processos de aplicação de provas dessa natureza e, assim, todos os eventos já agendados no Estado de Minas Gerais para esse ano foram cancelados e os interessados deverão aguardar novas instruções.
Face ao ocorrido o CRAMIG lamenta ter perdido a oportunidade de reunir mais uma vez os radioamadores da região e comunica que, em breve, estará realizando um encontro de confraternização aqui em Lavras.
Cordialmente,
ANIZIO ALVES REZENDE – PY4PTO
DIRETOR PRESIDENTE
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