A antena demonstrada aqui foi fornecida pelo pesquisador Denis
Zoqbi, que desenvolve e fabrica diversos tipos de antena Loop. Inclusive o nome
Loop DZ-60 deve-se as iniciais de seu nome e o número, o tamanho em centímetros
da diagonal do quadro.
As pequenas antenas de loop são definidas como loops que apresentam o total do tamanho do fio menor do que 0.15 do comprimento de onda ( 0.15 λ ). Estas antenas loops pequenas são usada na procura de direção de transmissores de radio e na recepção regular de estacoes fracas em ondas medias, na presença de estações interferentes fortes.
O desempenho das pequenas loops é menor do que outras antenas ( ex: dipolo de meia onda ), mas seus nulos extremamente agudos e a grande largura de banda a tornam a escolha da antena para as faixas congestionadas. Neste caso, se está cambiando o ganho por uma melhor relação sinal-QRM. As pequenas loops são mais utilizadas em baixas freqüências. Mesmo existindo projetos para as faixas altas das ondas curtas, e até para as faixas de VHF, o principal uso é verificado desde VLF até a metade do espectro de HF ( basicamente 10 kHz até 8000 kHz ).
As antenas loops podem ter a a forma circular, quadrada, retangular ou octogonal. Neste estudo iremos analisar a forma quadrada porque são relativamente fáceis de serem construídas comparadas as outras formas geométricas. A loop quadrada também apresenta desempenho muito próximo das loops circulares de tamanho similar.
A figura abaixo mostra a antena básica loop de quadro, com os lados de tamanha "A". A profundidade "B" é o tamanho do enrolamento, tanto coplanar como paralelo em relação ao enrolamento. No caso analisado será usado o enrolamento paralelo simples.
As
antenas loop atenuam sinais indesejados através de dois mecanismos : anular o
padrão e discriminação de sintonia. Se existem sinais locais fortes mesmo que
em freqüências muito próximas do sinal desejado, então a discriminação da
seletividade do circuito sintonizado auxilia a atenuação daquele sinal. A loop
aprimora a habilidade do receptor com relação a sobre carga, falta de
sensibilidade, e distorção por inter modulação ( com os níveis de potencia
observados atualmente nos transmissores de radio difusão em Ondas Médias, isto
pode ser um significativo ganho em desempenho ).
Algumas antenas são desenhadas como transformadores, e apresentam um loop de acoplamento de baixa impedância ao longo da antena loop. Para loops em ondas medias, o enrolamento de acoplamento pode ser de apenas um volta, ao lado da bobina da antena loop, montada naturalmente no mesmo quadro. Porém, a Loop DZ é projetada para acoplamento indutivo diretamente à antena interna de ferrite dos receptores portáteis, por isso, não utilizamos esta técnica de acoplamento direto a entrada do receptor. Nos modelos portáteis da Sony por exemplo, ao se conectar uma antena externa para OM no conector apropriado, o circuito de pré amplificação de RF é desligado para evitar sobre carga nos circuitos. Desta forma, seria necessário desenvolver um circuito amplificador de RF externo para efetuar o acoplamento da antena loop caso fosse utilizada a técnica de transformador ( com um enrolamento de acoplamento ).
O padrão idealizado na figura 4 pode ser distorcido por interações locais com a Terra, construções, e outros objetos condutivos ou dielétricos próximos a antena.
Figura 5 - Equação de Groover para cálculo da indutância de antenas loop de diversos formatos
A indutância da antena loop pode ser calculada através da equação
acima, Figura 5. Esta equação é conhecida como Equação de Groover. Uma vez
determinada a indutância, a capacitância necessária para ressonar a antena pode
ser calculada pela equação da Figura 7.
Onde :
LµH é a indutância da loop em microhenry
A é o tamanho do lado da loop em centímetros
B é a profundidade da loop em centímetros
N é o numero de voltas
K1, K2, K3 e K4 são fatores descritos na Tabela da Figura 6
Ln é a função log natural ( Nepper )
Para a capacitância ressonante, onde :
CpF é a capacitância ressonante em picofarads (pF)
F é a freqüência ressonante em Hertz (Hz)
LµH é a indutância da loop em microhenry
Naturalmente, como iremos trabalhar com uma antena dentro de uma faixa de freqüências desejada, no caso de Ondas Médias de 500 kHz a 1700 kHz, iremos utilizar capacitor variável disponíveis comercialmente, que trabalham continuamente na faixa de 5 pF a 365 pF. Logo, faremos os cálculos de capacitância ressonante para a freqüência inferior de 500 kHz e para a freqüência superior de 1720 kHz.
Figura 7 - Cálculo do capacitor usado para ressonância
Desenvolvendo detalhadamente a formula para Loop DZ-60 na Figura
8, determinamos para os parâmetros físicos de construção da antena a indutância
da loop, que é naturalmente um valor fixo, independente da freqüência de
operação.
Figura 8 - Cálculo detalhado da indutância da bobina da antena
loop de quadro
A partir da indutância calculada, iremos calcular a capacitância necessária para tornar a antena loop ressonante na freqüência inferior das Ondas Médias, o que determinamos através do cálculo mostrado na Figura 9 ser Ci = 369 pF, o que é um valor de capacitor variável disponível no mercado de eletrônica.
Figura 9 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 500 kHz
Desenvolvendo o cálculo da capacitância para a freqüência superior
das Ondas Médias, 1720 kHz, determinamos o valor de 31 pF da capacitância
necessária.
Figura 10 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 1720 kHz
Assim, no detalhe da Figura 11 abaixo, é utilizado um capacitor
variável comercialmente disponível que apresenta capacitância que varia
aproximadamente entre 30 a 365 pF, o que corresponde a largura de banda
desejada para operação em Ondas Médias.
Figura 11 - Equação da tensão nos terminais da antena loop
Antena Loop de Quadro 80 cm utilizando fio Litz
As pequenas antenas de loop são definidas como loops que apresentam o total do tamanho do fio menor do que 0.15 do comprimento de onda ( 0.15 λ ). Estas antenas loops pequenas são usada na procura de direção de transmissores de radio e na recepção regular de estacoes fracas em ondas medias, na presença de estações interferentes fortes.
O desempenho das pequenas loops é menor do que outras antenas ( ex: dipolo de meia onda ), mas seus nulos extremamente agudos e a grande largura de banda a tornam a escolha da antena para as faixas congestionadas. Neste caso, se está cambiando o ganho por uma melhor relação sinal-QRM. As pequenas loops são mais utilizadas em baixas freqüências. Mesmo existindo projetos para as faixas altas das ondas curtas, e até para as faixas de VHF, o principal uso é verificado desde VLF até a metade do espectro de HF ( basicamente 10 kHz até 8000 kHz ).
As antenas loops podem ter a a forma circular, quadrada, retangular ou octogonal. Neste estudo iremos analisar a forma quadrada porque são relativamente fáceis de serem construídas comparadas as outras formas geométricas. A loop quadrada também apresenta desempenho muito próximo das loops circulares de tamanho similar.
A figura abaixo mostra a antena básica loop de quadro, com os lados de tamanha "A". A profundidade "B" é o tamanho do enrolamento, tanto coplanar como paralelo em relação ao enrolamento. No caso analisado será usado o enrolamento paralelo simples.
O ganho da antena loop é menor do que
uma dipolo para a mesma freqüência, e deve-se esperar normalmente baixos níveis
de tensão nos terminais de saída para qualquer força de campo elétrico. A
tensão de saída poderá ser aumentada significativamente se a antena loop for
sintonizada à ressonância através de um capacitor em paralelo à bobina que
compõe a antena loop. No diagrama anterior, observamos o capacitor
variável C1 utilizado para sintonizar a antena dentro da faixa de operação
desejada.
Mesmo considerando que antenas loop não
sintonizadas sejam utilizadas na prática, o acréscimo na tensão de saída é
aproximadamente igual ao fator "Q" do circuito sintonizado. Valores
de 50 a 100 são normalmente o "pior caso" prático para o
"Q" de antenas loop, e os valores de "Q" que se
aproximam a 1.000 não são impossíveis de serem obtidos.
Especialmente quando for utilizado fio Litz para a confecção da bobina da antena, ao invés do
fio esmaltado simples que é normalmente utilizado nestes projetos, devido ao
custo e praticidade de montagem.
Os parâmetros reais utilizados no
projeto da Loop DZ-60 são os seguintes :
Parâmetros DZ-60
|
Valor
|
A
|
42 cm
|
B
|
7 cm
|
N
|
18
|
K1, K2, K3 e K4
|
figura 6, square
|
Observe abaixo no detalhe de construção
da loop de quadro DZ-60, o número de voltas e o espaçamento lateral total que
representa o parâmetro "B" de profundidade. Também observe que é
utilizado fio de cobre esmaltado utilizado em transformadores e motores, enrolado
em uma cruzeta de madeira muito simples de ser construída. Compõe a antena de
quadro um suporte vertical também de madeira, apoiado em uma base sólida e
pesada, para dar estabilidade na antena. A antena em si, junto com seu suporte,
é posicionada em cima de um prato giratório para que se possa girá-la até 360°
de forma a obter todos os ângulos possíveis na caça de emissoras ou eliminar
emissoras interferentes.
Algumas antenas são desenhadas como transformadores, e apresentam um loop de acoplamento de baixa impedância ao longo da antena loop. Para loops em ondas medias, o enrolamento de acoplamento pode ser de apenas um volta, ao lado da bobina da antena loop, montada naturalmente no mesmo quadro. Porém, a Loop DZ é projetada para acoplamento indutivo diretamente à antena interna de ferrite dos receptores portáteis, por isso, não utilizamos esta técnica de acoplamento direto a entrada do receptor. Nos modelos portáteis da Sony por exemplo, ao se conectar uma antena externa para OM no conector apropriado, o circuito de pré amplificação de RF é desligado para evitar sobre carga nos circuitos. Desta forma, seria necessário desenvolver um circuito amplificador de RF externo para efetuar o acoplamento da antena loop caso fosse utilizada a técnica de transformador ( com um enrolamento de acoplamento ).
Figura 4 - Diagrama da recepção
e direção de máxima e mínima intensidade
O padrão de radiação azimutal ou recepção para a antena loop
pequena ideal é mostrado acima. É um padrão formado pela "figura 8"
com o máximo no fim da loop, e o ponto mínimo ( nulo ) perpendicular a antena
loop. Este padrão é exatamente o oposto da maioria das antenas loop grandes
onde o máximo é perpendicular ao plano da loop e o mínimo se posiciona no
extremo. O nulos obtidos na pratica com a antena loop gira em torno de 20 dB
relativo ao mínimo para projetos medianos e até 40 dB para projetos bem feitos.
A diretividade é função da aresta da antena, parâmetro "A" e a
profundidade "B". Observe que a antena loop deve apresentar no seu
projeto o tamanho de "A" pelo menos maior que 5 vezes o tamanho de
"B".O padrão idealizado na figura 4 pode ser distorcido por interações locais com a Terra, construções, e outros objetos condutivos ou dielétricos próximos a antena.
Figura 5 - Equação de Groover para cálculo da indutância de antenas loop de diversos formatos
Onde :
LµH é a indutância da loop em microhenry
A é o tamanho do lado da loop em centímetros
B é a profundidade da loop em centímetros
N é o numero de voltas
K1, K2, K3 e K4 são fatores descritos na Tabela da Figura 6
Ln é a função log natural ( Nepper )
Quadrado - Square / Hexagonal / Octogonal / Triangle - Triangulo
CpF é a capacitância ressonante em picofarads (pF)
F é a freqüência ressonante em Hertz (Hz)
LµH é a indutância da loop em microhenry
Naturalmente, como iremos trabalhar com uma antena dentro de uma faixa de freqüências desejada, no caso de Ondas Médias de 500 kHz a 1700 kHz, iremos utilizar capacitor variável disponíveis comercialmente, que trabalham continuamente na faixa de 5 pF a 365 pF. Logo, faremos os cálculos de capacitância ressonante para a freqüência inferior de 500 kHz e para a freqüência superior de 1720 kHz.
Figura 7 - Cálculo do capacitor usado para ressonância
A partir da indutância calculada, iremos calcular a capacitância necessária para tornar a antena loop ressonante na freqüência inferior das Ondas Médias, o que determinamos através do cálculo mostrado na Figura 9 ser Ci = 369 pF, o que é um valor de capacitor variável disponível no mercado de eletrônica.
Figura 9 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 500 kHz
Figura 10 - Cálculo detalhado do limite de capacitância para a freqüência de 1720 kHz
Figura
11 - Detalhe do capacitor variável fabricado no Japão pela Alps - 35 - 365 pF de
capacitância
Considerações Finais
Um detalhe de projeto muito importante
nas antenas loops são as relações entre o numero de voltas "N" da
bobina da antena , o tamanho da aresta "A"do quadrado da antena e sua
profundidade "B".
Se aumentamos o número de voltas do
enrolamento da antena, aumentamos o valor da indutância, o que irá alterar o
valor da capacitância ressonante proporcionalmente, considerando que a equação
da freqüência ressonante é o inverso da raiz quadrada da multiplicação do
capacitor e do indutor. Logo, para determinada freqüência, se aumentamos a
indutância temos que diminuir a capacitância.
Sendo um dos objetivos principais da
antena loop o ganho a ser obtido, especificamente, ampliar campo elétrico
recebido da estação desejada, precisamos analisar a equação da tensão gerada na
antena loop.
Segundo a equação da Figura 11
determinante no cálculo da tensão final obtida nos terminais da antena loop, no
nosso caso, obtida nos terminais do capacitor variável, verificamos que o valor
da tensão é função de :
Ef é o campo elétrico do sinal recebido
Q é o fator "Q" da antena de loop sintonizada
cos(∂) é o co-seno do angulo incidente ∂ do campo elétrico em relação ao máximo da loop
λ é o comprimento de onda do sinal desejado
A é a área do quadrado da antena loop
N é o numero de voltas da bobina da antena loop
Q é o fator "Q" da antena de loop sintonizada
cos(∂) é o co-seno do angulo incidente ∂ do campo elétrico em relação ao máximo da loop
λ é o comprimento de onda do sinal desejado
A é a área do quadrado da antena loop
N é o numero de voltas da bobina da antena loop
Observamos que para aumentar a tensão
gerada na antena loop, só podemos variar os paramentos de construção física
"A" e "N". Porém já observamos que ao aumentar o numero de
voltas "N", iremos alterar profundamente o valor do capacitor
variável necessário, o que pode trazer problemas para aquisição deste
componente.
Porém, se analisarmos com atenção esta
equação, iremos observar que um pequeno aumento na ÁREA da antena loop, que é
função direta do QUADRADO da aresta da antena loop, irá aumentar muito mais o valor
do parâmetro "A" do que o aumento do número de voltas "N"
da bobina.
Logo, podemos determinar com base nas
equações analisadas, que a otimização do ganho varia mais em função da ÁREA da
antena loop do que do número de voltas "N" da bobina da antena loop.
Figura 11 - Equação da tensão nos terminais da antena loop
Conclusão, a antena loop de quadro
DZ-60 apresenta a faixa de operação de 500 kHz a 1720 kHz e é acoplada através
da proximidade com a antena de ferrite do receptor portátil e pode ter seu
desempenho melhorado se for utilizado fio Litz ou aumentado o valor da aresta
do quadro, de forma a aumentar a área total da antena.
Frequência de Operação da loop DZ-60: 500 KHZ a 1720 KHZ
Nova Antena Loop de quadro confeccionada com fio litz
Podemos aumentar o fator de qualidade
"Q" da antena, se utilizarmos fio Litz na construção da antena loop.
Este fio é composto por um grande
número de fios de pequeno calibre AWG, o que caracteriza menor perda elétrica
das altas freqüências devido ao efeito pelicular da corrente em freqüências
altas.
No fio de cobre convencional
normalmente utilizado nas antenas loop, a corrente de baixa freqüência, por
exemplo, 60 Hz da rede elétrica pública, circula próximo ao centro do fio.
Porém, conforme se eleva a freqüência até a faixa de HF, ocorre um fenômeno que
é chamado efeito pelicular, onde a corrente passa a circular muito próximo à
periferia do fio, deixando o seu centro sem nenhuma passagem de corrente.
O fio Litz por ser composto de até 50
fios de 38 AWG de diâmetro, otimiza a circulação da corrente, aumentando o
campo elétrico e conseqüentemente aumentando a tensão de saída da antena loop.
Para obter mais informações sobre o fio Litz, detalhes de construção e de
aplicação, acesse a página Litz-wire ou
o sítio do fabricante canadense MWS.
Antena Loop de Quadro 80 cm utilizando fio Litz
Para conhecer mais detalhes de
construção desta antena, acesse o artigo : Loop Experiments – Antennas for the MW band DXer
Fontes
Montagem antena DZ - Denis Zoqbi The ARRL Antena Book Joe's Carr Loop Antena Handbook
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